Palavra do Dia por Priberam

domingo, 3 de maio de 2020

"Muita vez, a causa principal da pobreza, em ciência, é a riqueza presumida. A finalidade da ciência não é abrir a porta ao saber infinito. Mas colocar um limite à infinitude de erros. Tomem as suas notas." A vida de Galileu, de Bertolt Brecht

Em tempos em que ciência deve coordenar as ações políticas, vários políticos tomam para si uma riqueza presumida de saber como se dará ou não determinada medida. Nada mais fazem do que pobreza em ciência (ou melhor, não ciência).

A ciência que aponta hoje é a riqueza de saberes de vários anos, décadas, centenas de anos. É a que tem métodos antigos e muitos testados para as séries históricas e dados testáveis para os tempos de hoje.

Por outro lado, apostar na presunção de uma fátua experiência individual de vida que não passa de três a seis décadas de experiências, e de que, a partir delas, se sabe conduzir, é nada mais que riqueza presumida, como bem desenhou Brecht, nada mais é que arrogância das mais pueris.

Eu, nessa história toda, fico com a ciência de Galileu, fico com a ciência de Brecht, fico com os cientistas de hoje que não fazem de suas ciências apenas um apanágio de riqueza presumida, de uma arrogância pessoal.

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