Espírito do mundo: Aqui está pois tarefa de teus trabalhos e teus sofrimentos: por sua causa tu existirás, como todas as outras coisas existem.
Homem: Mas o que me cabe da existência? Quando está ocupada, me toca a necessidade; quando se encontra desocupada, o tédio. Como podes tu por tanto trabalho e tanto sofrimento me oferecer tão parca compreensão?
Espírito do mundo: E mesmo assim constitui um equivalente de todos teus esforços e sofrimentos; e o é justamente graças à sua insuficiência.
Homem: Ah, sim? Isto francamente ultrapassa minha compreensão.
Espírito do mundo: Eu sei. (à parte) Deveria eu lhe dizer que o valor da vida consiste precisamente em que ela lhe ensina a não a querer?! A esta mais alta consagração, a própria vida deve prepará-lo primeiro
Arthur Schopenhauer
Parerga e Paralipomena
Capítulo XIV
§172 (Pág. 299)
Fulvio Machado Faria
Quem sou eu
Palavra do Dia por Priberam
domingo, 8 de março de 2009
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