Uma amiga conheceu um médico cubano que está numa cidade vizinha de Pouso Alegre, e é claro não deixou de fazer a pergunta que todos tentam por ela invalidar o projeto: Você realmente recebe uma pequena parcela dos R$ 10 mil, e o restante? Isso não é trabalho escravo?
O médico respondeu que recebe próximo de R$ 3 mil, outros aproximadamente R$ 3 mil são encaminhados para sua família em Cuba e outros R$ 2 mil para o estado de Cuba. Respondeu que concorda com os repasses, principalmente com os R$ 2 mil ao estado de cuba, pois, o estado foi quem custeou os estudos dele (universidade pública) e seria injusto se ele não retribuísse com os hermanos que estão no ingresso ou no curso da universidade pública na qual ele se formou. Trata-se do espírito de sociedade que eles têm por lá, algo muito pouco visto por nossos médicos que se formam nas universidades públicas do Brasil.
Minha amiga saiu de lá com um grande sorriso na cara. E na oportunidade que a encontrei e me contou isso, saí com o mesmo sorriso e com uma grande felicidade em saber que ainda existem médicos com esta consciência e espírito fraternal.
Fulvio Machado Faria
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