Palavra do Dia por Priberam

sábado, 11 de junho de 2016

sol dos sonnhos


Era uma festa. Muitas cores verdes com tons em amarelo na minha visão. Todos estavam felizes. Era eletrônica experimental, como os festivais de Heliodora. A festa caminhava. Eu estava à busca dela, da amada. Num ato involuntário, deixei meus óculos no chão. Percebi que ao tirar eles, não enxergava quase nada, num estado abelidado de grande clarão. Na cegueira, apareciam apenas pequenos ruídos de cores verdes com seus tons em amarelo que davam parcamente uma noção de onde eu me encontrava. Fiquei a procura desesperadamente pelos meus óculos. Não os encontrava. Recordei que os tinha deixado em um tablado onde as pessoas estavam se sentando na festa. Encontrei-os lá, assim como os havia deixado. Coloquei-os. ... O estado abelidado continuou. Cerrei os olhos com força, abri-os, e nada. Pestanejei então para tentar me livrar da cegueira. Nada. Num ámen-jesus, acordei. Percebi que era um sonho e que a cegueira no sonho surgiu quando o sol, por ter batido o zênite, adentrou a janela do meu quarto e tocou meu rosto.

Fulvio Machado Faria

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