O rumo das coisas não está claro.
Estou sem muitas certezas morais. Na verdade. Para ser sincero, não sei mais o
que moralmente é correto. Estou sem padrão definido para agir socialmente. Parece
que as coisas se justificam pelo seu determinismo. Dizem que é o cansaço
acumulado. Pode ser. Não vejo luz ao final. Parece que daqui para frente é
seguir agindo apenas para sustento próprio dentro de limites formado pelo
caráter, este que não se preocupa mais com tantas coisas, talvez apenas uma, o
respeito ao próximo e às suas razões. No fim das contas viver muito a vida pragmática
me tirou o ócio criativo e me colocou na certeza de que nada mudará, os erros,
sendo moral, serão sempre os mesmos. Tenho cada vez mais a certeza que a
desigualdade é propulsora das maiores dores. Principalmente daqueles que ficam
na base sem qualquer condição material de tocar uma vida digna. Acho que posso
apenas desejar sorte e luz. Sorte para os futuros nascerem numa família que lhe
dê mínimas condições de vida. E luz para aqueles que não nasceram/nascerão em famílias
com boas condições econômicas para que um dia possam sair da miséria. Do mundo
d’“Os Miseráveis” é a “Comédia Humana”.
Quem sou eu
Palavra do Dia por Priberam
domingo, 30 de outubro de 2016
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